A Scala Data Centers, a Lightera e a Nokia realizaram o primeiro teste com fibra óptica de núcleo oco (Hollow Core Fiber) na América Latina.
O experimento foi conduzido no campus Tamboré da Scala, em São Paulo. De acordo com estimativas das empresas, os testes demonstraram uma redução de cerca de 32% na latência em comparação com fibras ópticas convencionais.
Diferentemente das fibras tradicionais, que conduzem luz por um núcleo sólido de sílica com revestimento de vidro, a fibra de núcleo oco utiliza um núcleo de ar, o que permite que os dados se aproximem mais da velocidade da luz, explicaram as empresas. No teste, a solução foi fornecida pela Lightera, que é uma marca do grupo Furukawa.
“Essa é a tecnologia óptica mais avançada disponível atualmente. A fibra de núcleo oco permite velocidades de transmissão quase absolutas, entregando menor latência e maior eficiência energética. É como se São Paulo estivesse digitalmente 32% mais perto de Vitória do Espírito Santo“, disse o vice-presidente da Lightera para a Latam e Emea, Helio José Durigan.
O teste
A Scala foi responsável por disponibilizar a infraestrutura para o teste no data center, enquanto a Nokia forneceu a plataforma de transmissão óptica 1830 PSI-M, equipada com o chipset fotônico PSE-6, otimizado para interconexão entre data centers.
Também participaram a integradora MagicComp, que realizou a instalação física do cabo, e a Viavi Solutions, responsável pelos testes e certificação óptica.

Felipe Leão, líder de redes ópticas para a América Latina da Nokia, disse que o teste reforça a importância de investir em redes preparadas para o atual ciclo de aplicações em inteligência artificial.
Evolução da Fibra
Segundo as empresas, o alcance atual da fibra é de aproximadamente 1,5 a 2,5 quilômetros, o que a torna adequada para conexões entre módulos ou edifícios dentro de um mesmo campus de data centers.
O objetivo é ampliar o uso para conexões metropolitanas e de longa distância em fases futuras. Isso, segundo as empresas, permitiria ganhos de desempenho em aplicações de alta demanda, como inteligência artificial, computação em nuvem e finanças.
FONTE: TELETIME
